quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Willcked! Entendendo a saga da nossa bruxa verde!


Wicked & Will
Rejeição e não afeto.  Preconceito e não compreensão.  Injustiça embalada pelo silêncio coletivo.  Sentimento de inferioridade e o peso do desprezo. Mentiras e rivalidades. Nós nascemos loucos ou a loucura nos é implantada pelo ambiente que nos cerca? Nossa querida Elphaba é muito mais que uma bruxa má e verde. Ela é nosso grito que não fica preso. Ela é o grito que sai em forma de música.
Tudo começou quando o escritor Gregory Maguire escreveu o livro Wicked – Life And Times Of The Wicked Witch of The West, em 1995. Através dele, o autor tenta explicar como a famosa bruxa má do Oeste (aquela do Mágico de Oz, sabe? “I’m melting, meeelting!”)  se tornou má. Parece bobo falando assim...mas ele foi genial! Com base no já conhecido universo de Oz de L. Frank Baum, ele traça toda história da Elphaba dando a ela densidade dramática. Há também uma crítica contundente à conquista do poder político a qualquer custo, representado na figura do Mágico de Oz.
Resumidamente: A Elphaba nasce verde e é rejeitada desde o início. Os estudos tornam-se para ela um refúgio. Ao completar dezoito anos, ela consegue realizar o sonho de ir para Universidade de Shiz. Ao chegar lá, além de sentir o racismo de todos...ainda é obrigada a dividir o quarto com a Glinda – loira e popular, seu extremo oposto.
Ao perceber o talento da Elphaba para a arte da magia, Madame Morrible, diretora da universidade, a leva para conhecer o Mágico de Oz. Neste meio tempo, ela e Glinda se tornam amigas e ambas apaixonam-se por Fiyero. Ao encontrar o mágico, Elphaba percebe que foi usada. Fazendo-a ler um feitiço que não conhecia, ela cria contra sua vontade, um exército de macacos voadores. Aí é ladeira abaixo!
Ela surta e fica “Wicked”! Há ai um forte mote político, pois o Mágico de Oz é uma espécie de líder de um movimento que pretende exterminar os Animais (assim, com letra maiúscula) do convívio social. Os Animais são seres dotados de inteligência humana, mas são antropozoomórficos (Ui! Seres que na sua forma misturam características humanas e animais).
A Elphaba se torna uma espécie de insurgente. O Mágico de Oz usando de sua influência, espalha aos quatro ventos que ela é uma bruxa...e ela começa ser perseguida. Há ainda um triangulo amoroso mal resolvido entre Glinda - Fiyero - Elphaba. Só não vou contar o final porque aí já e demais!
No mesmo ano de 1995 Stephen Schwartz, músico e letrista da Broadway, descobre o livro e decide montar a peça. Amém!
Mas já escrevi demais, e não vou matar vocês de tédio. Amanhã eu falo finalmente sobre as músicas que é o que mais nos interessa!
No one mourns the Wicked...

Postado por Wilson Jr.

2 comentários:

  1. "Nossa querida Elphaba é muito mais que uma bruxa má e verde. Ela é nosso grito que não fica preso. Ela é o grito que sai em forma de música."
    Já sei! Ela é a Whitney Houston! Só que verde ao invés de pretinha.RISOS.

    Tava começando a ficar interessante a história até. Tava quase esquecendo de falar "naaadaver" no final de cada frase. Mas aí você nos informou dos seres "antropozoomórficos", aí foi pra cucuia. Mas parece interessante mesmo a trama toda. O mágico fez ela ler um feitiço que ela não curtiu, aí ela ficou porraloca e mandou a siliconada Glinda pra casa do caralho! Foi praticamente um estupro magicamente falando. Só acho chato mesmo que o cara tenha escrito usando personagens do Mágico de Oz. É que é difícil mesmo... é um filme tão velho que tem fãs fiéis também. Aí qualquer coisa que soe como uma história deturpada com cara de novela mexicana pega bem mal. "A Deturpadora!" É como pegar uma história do Chaves que a gente conhece desde criança e contar toda uma nova história dramática sobre a infância antes da vila, falar que o pai era drogado e a mãe prostituta e é por isso que ele é assim. Pode ser interessante e cheio de boas sacadas e aventura e tudo mais, mas dá um sentimento de "o que é que vocês fizeram com minha infância?!"
    ESCULLLLLTA, vc assistiu o Mágico de Oz 2? É bem legal. Tem uma galinha falante e uma bruxa com várias cabeças. De repente lançam livro extra e dizem que as cabeças são uma metáfora pra ezquizofrenia dela... Se não assistiu, procura que vale a pena!
    Não posso esquecer da versão do Cinemassacre também que o "yellow brick road" vai pra cidade esmeralda e o "red brick road" vai pro inferno, o espantalho é um depressivo suicida e o herói da história é uma jarra de Ki-Suco!
    Ah sim, e também o crássico:
    http://www.youtube.com/watch?v=D2sLxXQUW9g
    Meu comentário já é quase um post! Vou participar do seu blog ao estilo Leão Lobo, todo venenoso e cheio de referências secretas...
    Bejo! (não chora, tatuagem sai com laser BRINKS)

    ResponderExcluir
  2. Ai... tá bom, Gui!
    A gente deixa você ser o Fiyero!

    ResponderExcluir