terça-feira, 14 de setembro de 2010

Rei Leão & Eu - Parte II (aquela parte mais crítica e tals)


Quando se fala em Rei Leão vem logo na cabeça o desenho da Disney  e a abertura do filme, com a canção “Circle of Life”.  Mas afinal...o que há de tão especial no Musical? Eu explico!
Com composições de Elton John e Tim Rice a primeira montagem ocorreu em Nova York, em 1997. Ganhou 6 Tony Awards em 1998, incluindo melhor Musical. Hoje já está em cartaz em Londres, Paris e até em Tokyo!  A produção estabeleceu novos patamares para a tecnologia teatral, vencendo o desafio de levar para o teatro um hit cinematográfico.
Essa transposição não foi oportunista. A versão dos palcos é uma obra de Arte do entretenimento, atingindo todos os públicos. Sem ser maçante, mescla riqueza de figurinos, engenhosidade cenográfica, qualidade vocal e de atuação. Tudo divertido (as vezes triiiste...) e colorido para converter qualquer herege dos musicais a  fazê-lo se sentir numa savana africana!
De longe trata-se de uma peça voltada somente para crianças. Veja a história: o filho de um rei, sentindo-se culpado pela prematura morte do pai, foge de seu povo. Já no início da fase adulta, reencontra a amiga de infância, pela qual se apaixonará. Esta lhe trás  más notícias: seu povo sofre de fome e tristeza, e ele precisa retornar. Ainda deverá enfrentar a tirania de seu tio, que apossou-se do seu trono, usando como artifício a mentira e culpa incutida na mente do filho do rei. Ganância, crueldade, traição, morte, egocentrismo e amor.  Pare para pensar...é quase uma tragédia grega!
O humor também é bem representado pelos personagens Zazu (conselheiro do Rei), e os simpáticos Timão & Pumba. Sem o contraponto destes pequenos palhaços, seria um suicídio coletivo no teatro!
Assistindo a peça em Londres fiquei simplesmente catatônico. A música que mais me pegou foi “Endless Night”. Nela, Simba expressa sua total falta de esperança, e cobra do pai morto sua promessa de estar sempre ao seu lado, quando precisasse:
“You promised you'd be there
Whenever I needed you
Whenever I call your name 
You're not anywhere”
Também é muito forte a presença do canto africano. No início do segundo ato, mais uma vez o teatro é arrebatado só que agora com "One By One" .
Outro destaque: a expressão corporal dos atores aliada ao figurino.  Acima do rosto de cada ator, há uma espécie de carranca que identifica o seu personagem. A movimentação felina do leões é hipnótica. Sem contar os elefantes e girafas presentes na abertura e finalização da peça. Até as hilárias vilãs hienas impressionam e tem seu momento especial durante a canção Chow Down" ...quando o palco vira quase um show de rock!
Enfim...daria para escrever sem parar!
Deixo vocês com a versão mais bacana que achei da canção "Endless Night". Não é da peça, e sim de uma apresentação especial em Las Vegas.
Lencinhos a postos, é só dar play. Hakuna Matata!




Postado por Wilson Jr.

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